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Introdução
O Dia Internacional da Mulher é celebrado mundialmente no dia 8 de março, como uma forma de reconhecer e homenagear a luta das mulheres por direitos iguais. Essa data surgiu no início do século XX, como resultado da mobilização de mulheres trabalhadoras que reivindicavam melhores condições de trabalho, salários mais justos e o direito ao voto. Desde então, o 8 de março se tornou um símbolo de resistência e luta pela igualdade de gênero em todo o mundo.
Mas você sabia que, além de comemorar o Dia Internacional da Mulher, o Brasil tem o seu próprio dia de celebração da mulher, que é comemorado em outra data? Desde 1980, o dia 30 de abril é conhecido como o Dia Nacional da Mulher, em homenagem a Jerônima Mesquita, uma importante figura feminina na história do Brasil, que nasceu nesse dia em 1880. Jerônima foi uma escritora, ativista e líder comunitária que lutou pelos direitos das mulheres e pela promoção da educação e da cultura no país.
Neste artigo, iremos explorar a história das mulheres no Brasil, destacando algumas das figuras femininas mais importantes e suas contribuições para a luta feminista no país. Além disso, iremos abordar algumas das conquistas mais significativas das mulheres no Brasil, bem como os desafios que ainda precisam ser enfrentados em busca da igualdade de gênero.
Mulheres que fizeram história no Brasil
No Brasil, mulheres pioneiras abriram caminho para a luta feminista e fizeram história em diferentes áreas de atuação. Nísia Floresta, considerado por muitos como a 1ª feminista do Brasil, deixou um legado importante na defesa da igualdade de gênero e da educação para mulheres. Escritora e educadora, ela fundou escolas para meninas em um período em que a educação feminina era negligenciada. Além disso, Nísia também lutou contra o patriarcado e defendeu o direito das mulheres à participação política e social. Outra figura icônica da luta feminista no Brasil é Bertha Lutz, bióloga e política, que liderou a campanha pelo voto feminino e foi responsável pela inclusão desse direito na Constituição de 1934.
Outras mulheres que marcaram a história do país foram as ativistas sociais e culturais Pagu e Carolina Maria de Jesus. Pagu, pseudônimo de Patrícia Galvão, foi uma escritora e militante política que lutou pelos direitos das mulheres, pelos direitos dos trabalhadores e pela liberdade artística. Já Carolina Maria de Jesus, escritora e moradora de favela, ficou conhecida por seu livro « Quarto de Despejo », que relata a vida cotidiana e as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que viviam nas periferias. Ela se tornou um símbolo da luta contra a pobreza e a exclusão social.
Além dessas, também é importante mencionar lideranças políticas que foram pioneiras em suas áreas, como Dilma Rousseff, primeira mulher a ser eleita presidente do Brasil, e Marielle Franco, vereadora assassinada em 2018 e que se destacou pela luta pelos direitos humanos, igualdade racial e de gênero. Essas mulheres, entre tantas outras, deixaram legados importantes para a luta feminista no Brasil e continuam inspirando gerações de mulheres até os dias atuais.
Conquistas feministas importantes no Brasil
No Brasil, a luta por direitos femininos foi marcada por diversos desafios ao longo da história. Até o final do século XIX, as mulheres brasileiras não tinham direito ao voto e eram frequentemente impedidas de acessar a educação formal. Foi somente em 1932, após intensa mobilização de feministas como Bertha Lutz e outras lideranças, que o voto feminino foi conquistado no país. Este direito foi ratificado na Constituição de 1934.
A partir daí, outras conquistas importantes foram sendo alcançadas, como o Estatuto da Mulher Casada, de 1962, que permitiu que mulheres casadas não precisassem mais da autorização do marido para trabalhar e a Lei do Divórcio, em 1977, que tornou o divórcio legal no Brasil. Em 1985, foi criada a primeira Delegacia da Mulher. E, somente em 1988, é que a nova Constituição passou a reconhecer plenamente as mulheres como iguais aos homens.
Ainda assim, muitos avanços só foram obtidos em anos mais recentes. Um exemplo disso é a Lei Maria da Penha, de 2006, que trouxe medidas protetivas e punições mais rigorosas para casos de violência doméstica.
Além disso, a educação foi se tornando mais acessível às mulheres, que hoje são maioria nas universidades brasileiras. No mercado de trabalho, ainda que existam desafios como a desigualdade salarial entre gêneros, a presença feminina em cargos de liderança tem aumentado gradualmente. Essas conquistas, no entanto, não diminuem a importância da continuidade da luta feminista, que deve seguir buscando a equidade de gênero em todas as esferas da sociedade.
Desafios atuais e a importância da luta feminista
Atualmente, as mulheres no Brasil ainda enfrentam muitos desafios em sua luta pela igualdade de gênero e pelo empoderamento. A violência doméstica, por exemplo, é uma das principais questões que afetam a vida das mulheres em todo o país. De acordo com o Instituto Maria da Penha, a cada dois segundos uma mulher é vítima de violência física ou verbal no Brasil. Além disso, a desigualdade salarial entre homens e mulheres ainda é uma realidade, com as mulheres recebendo em média 20% a menos do que os homens, quando comparados trabalhadores do mesmo perfil de escolaridade e idade e na mesma categoria de ocupação.
A representatividade política das mulheres também é uma questão importante, com poucas mulheres ocupando cargos políticos de destaque no país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 15% dos cargos políticos eletivos no Brasil são ocupados por mulheres. Além disso, o assédio sexual ainda é um problema grave e muito presente na vida das mulheres em diversos contextos, desde o trabalho até o transporte público.
Diante desses desafios, a luta feminista continua sendo extremamente importante para o avanço da igualdade de gênero e do empoderamento das mulheres. É preciso continuar defendendo os direitos das mulheres e trabalhando para garantir que elas tenham as mesmas oportunidades e os mesmos direitos que os homens. A luta feminista é uma questão de justiça social e direitos humanos, e é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos.
A relevância dos Dias Internacional e Nacional da Mulher
O Dia Internacional da Mulher e o Dia Nacional da Mulher são ocasiões importantes para refletir sobre a luta feminista e sua relevância na sociedade atual. Comemorar essas datas é uma oportunidade para celebrar as conquistas alcançadas pelas mulheres e para conscientizar a sociedade sobre as desigualdades ainda presentes. Além disso, é uma forma de homenagear todas as mulheres que fizeram e fazem a diferença em suas comunidades e no mundo.
A celebração dessas datas também é fundamental para estimular a mobilização da sociedade para a causa feminista. É importante destacar que a luta pela igualdade de gênero não deve ser apenas uma pauta das mulheres, mas sim de toda a sociedade. É necessário que homens e mulheres se unam na luta por um mundo mais justo e igualitário.
A celebração não deve ser apenas simbólica, mas sim acompanhada de ações concretas para promover a igualdade de gênero. É preciso que governos, empresas e a sociedade em geral se engajem na promoção de políticas públicas e práticas que garantam o empoderamento das mulheres e a equidade de oportunidades em todas as esferas da vida.
Conclusão
Através da apresentação de figuras femininas icônicas da história brasileira e das conquistas feministas importantes no país, foi possível entender como a luta das mulheres por igualdade e direitos teve um papel fundamental na transformação da sociedade.
Contudo, ainda há desafios a serem enfrentados, como a desigualdade salarial e a violência contra a mulher. É preciso continuar lutando para garantir que essas questões sejam tratadas com a devida importância e que as mulheres possam ter as mesmas oportunidades e direitos que os homens. A celebração dos Dias Internacional e Nacional da Mulher é uma forma de conscientizar a sociedade sobre a luta feminista e mobilizar as pessoas a apoiarem essa causa.
A igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Portanto, é fundamental que a luta feminista seja contínua e cada vez mais forte, para garantir que as mulheres possam ter seus direitos respeitados e sua voz ouvida.
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